terça-feira, 21 de agosto de 2012

Empresa se compromete na recuperação de area ambiental após denúncia


Uma empresa de indústria alimentícia de porte médio que foi denunciada no dia 18 de julho por crime ambiental, recebeu na última quarta-feira (15) a visita da Diretora do Departamento de Planejamento e Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMMAM) de Feira de Santana, Millena Carvalho, para auxiliar na intermediação entre a comunidade e a empresa com o intuito de identificar e contribuir com soluções prestadas para melhoria do meio ambiente e seus afluentes. “Através de um encontro informal, toda comunidade mostrou – se bastante receptiva, onde a empresa está de acordo com a participação das atividades interativas de educação ambiental, em  cumprimento ás normas ” , afirma.  
A denúncia de poluição do solo a da água da Bacia do Rio Subaé, especificamente da Lagoa do Totonho, localizado no Povoado o Fulô, Distrito de Humildes, tem sido uma das reivindicações da comunidade que solicitou a presença da SEMMAM no local, onde foram encontrados depósitos inadequados de efluentes industriais não tratados, causando degradação da área. Inspeções técnicas e coletas de material foram feitas pelo laboratório da EMBASA para identificar os responsáveis pela degradação com a finalidade de comprovar a contaminação. A empresa foi autuada com auto de infração de multa no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), onde a mesma argumentou que as transformações ambientais causadas foram de baixo impacto, justificando uma redução do valor da multa.
O dano ambiental de área predominante rural impactou prejuízos aos agricultores de pequeno porte da região que utilizam da água fluente do Rio Totonho, para irrigação das suas plantações e hortaliças, pelo não cumprimento da operação correta da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da indústria.  O efluente da empresa é encaminhado através de uma rede hidráulica e ao final desta etapa, lança em uma área encharcada. A umidade dessa várzea é alimentada por águas de chuvas advindas de maneira direta e indireta por drenagem superficial. A carga poluidora da ETE atingiu a várzea causando a perda da horta da comunidade.
A comunidade participará das atividades da empresa a partir da intervenção SEMMAM, para que a empresa tenha uma apresentação de plano de recuperação da área degradada e redução em 90% da multa aplicada, caso cumpra o acordo. “Dessa forma tanto a comunidade como a empresa ganham e contribuem para o cenário econômico, social e ambiental do município, desenvolvendo ações ambientais que favorecem práticas sustentáveis participativas e conscientes ”, declara Millena Carvalho.  

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