Uma empresa de indústria
alimentícia de porte médio que foi denunciada no dia 18 de julho por crime
ambiental, recebeu na última quarta-feira (15) a visita da Diretora do
Departamento de Planejamento e Educação Ambiental da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMMAM) de Feira de Santana, Millena
Carvalho, para auxiliar na intermediação entre a comunidade e a empresa com o
intuito de identificar e contribuir com soluções prestadas para melhoria do
meio ambiente e seus afluentes. “Através de um encontro informal, toda
comunidade mostrou – se bastante receptiva, onde a empresa está de acordo com a
participação das atividades interativas de educação ambiental, em cumprimento ás normas ” , afirma.
A denúncia de poluição do solo a
da água da Bacia do Rio Subaé, especificamente da Lagoa do Totonho, localizado
no Povoado o Fulô, Distrito de Humildes, tem sido uma das reivindicações da
comunidade que solicitou a presença da SEMMAM no local, onde foram encontrados
depósitos inadequados de efluentes industriais não tratados, causando
degradação da área. Inspeções técnicas e coletas de material foram feitas pelo
laboratório da EMBASA para identificar os responsáveis pela degradação com a
finalidade de comprovar a contaminação. A empresa foi autuada com auto de infração
de multa no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), onde a mesma
argumentou que as transformações ambientais causadas foram de baixo impacto,
justificando uma redução do valor da multa.
O dano ambiental de área
predominante rural impactou prejuízos aos agricultores de pequeno porte da
região que utilizam da água fluente do Rio Totonho, para irrigação das suas
plantações e hortaliças, pelo não cumprimento da operação correta da Estação de
Tratamento de Esgoto (ETE) da indústria.
O efluente da empresa é encaminhado através de uma rede hidráulica e ao
final desta etapa, lança em uma área encharcada. A umidade dessa várzea é
alimentada por águas de chuvas advindas de maneira direta e indireta por
drenagem superficial. A carga poluidora da ETE atingiu a várzea causando a
perda da horta da comunidade.
A comunidade participará das
atividades da empresa a partir da intervenção SEMMAM, para que a empresa tenha
uma apresentação de plano de recuperação da área degradada e redução em 90% da
multa aplicada, caso cumpra o acordo. “Dessa forma tanto a comunidade como a
empresa ganham e contribuem para o cenário econômico, social e ambiental do município,
desenvolvendo ações ambientais que favorecem práticas sustentáveis participativas
e conscientes ”, declara Millena Carvalho.
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